
No Rio de Janeiro, o transporte
comercial empregando hidroaviões utilizava o atracadouro da Ponta do
Calabouço. A aviação de pouso e decolagem terrestre, ainda incipiente,
aproveitava o Campo de Manguinhos e os aparelhos militares da
Aeronáutica e Marinha usavam, respectivamente, o chamado Campo dos
Afonsos e o do Galeão.
Como grande cidade e, sobretudo, na
condição de Distrito Federal, o Rio de Janeiro exigia providências
urgentes. Estava na hora de dispor de um Aeroporto condizente com suas
necessidades. Duas áreas encontravam-se na mira: a do Calabouço, onde
atracavam os hidroaviões de rotas nacionais e internacionais, e a de
Manguinhos que recebia as aeronaves de pouso e decolagem.
A proposta de implantar o aeroporto no
aterro do calabouço repercutiu bem, conquistando elogios de
especialistas em aviação do mundo todo. As obras começaram em 1934, em
terreno cedido pela Prefeitura do Distrito Federal ao Ministério da
Viação e Obras Públicas.
A primeira parte dos trabalhos
constituiu-se basicamente da ampliação do aterro em mais 370 mil metros
quadrados. Consta até que um burrinho foi emprestado pela Prefeitura
para ajudar no serviço. O projeto exigiu a construção de uma muralha de
contenção e o lançamento de mais de 2,7 milhões de metros cúbicos de
areia na área conquistada ao mar.
Os serviços não foram interrompidos.
Hidroaviões continuavam a operar normalmente no local e o terrapleno,
antes mesmo de estar concluído, já estava sendo utilizado, franqueado
aos 400 metros para pequenas aeronaves. Mais tarde, em 1936, quando
alcançou 700 metros, foi aberto para aparelhos de maior porte, o
primeiro aeroporto civil do país era finalmente inaugurado.
O antigo prédio do aeroporto, que hoje é
utilizado como terminal de desembarque é tombado pelo Instituto
Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC).
O Aeroporto opera basicamente voos da
ponte aérea, voos oriundos de dentro do Estado do Rio de Janeiro e voos
regionais ligando as principais capitais do país.
A localização privilegiada do Aeroporto
Santo Dumont, no centro do Rio de Janeiro, permite chegar rápido aos
principais hotéis e atrações turísticas. Há na sua proximidade empresas
de táxis e várias linhas de ônibus que seguem para vários pontos do Rio
de Janeiro.
Em 2007, em operação assistida, foi
inaugurado um moderno terminal de embarque. A sala de embarque é de
material verde transparente, que dá uma visão total da Baía de
Guanabara, Pão de Açúcar e da Ponte Rio-Niterói. Para não obstruir a
visão e não comprometer a estrutura, o ar condicionado está instalado no
chão. O projeto do novo terminal do Aeroporto Santo Dumont é do
arquiteto Sérgio Jardim.
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